O que é Epidemiologia?
O que você precisa saber sobre Epidemiologia?
Epidemiologia é um dos assuntos mais abordados em concursos da área da Saúde, seja de nível médio ou superior, o conhecimento dos principais termos são de importância para a população em geral, estuda conceitos de como a doença se originou, a quantidade de pessoas acometidas pela doença em determinadas regiões, características de adoecimento por faixa etária por condição socioeconômica.
Vigilância epidemiológica são as ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção dos fatores que determinam a condição de saúde individual e coletiva.
A Clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, analisando caso a caso, a epidemiologia estuda os fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças em grupos de pessoas. (Miranda (1998).
O que faz a Vigilância Epidemiológica?
a) Coleta de dados sobre agravos e doenças
b) Processamento dos dados coletado
c) Análise e interpretação dos dados processados
d) Recomendação das medidas de controle de agravos e doenças
e) Promoção das ações de controle indicadas
f) Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas
g) Divulgação de informações pertinentes sobre agravos e doenças
Toda a população pode comunicar a ocorrência de uma Doença de Notificação Compulsória!!!
A notificação compulsória consiste na comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, da lista de agravos relacionados na Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos ambientais e doenças ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória. É obrigatória a notificação de doenças, agravos e eventos de saúde pública constantes nas Portaria nº 204 e Portaria 205, de fevereiro de 2016, do Ministério da Saúde.
Quais são as doenças de Notificação Imediata (< 24 horas)
Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes
– Acidente por animal peçonhento
– Acidente por animal potencialmente transmissor da Raiva
– Botulismo
– Cólera
– Coqueluche
– Dengue – óbitos
– Difteria
– Doença aguda pelo vírus Zika em gestantes
– Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika
– Doença de Chagas Aguda – Doença Invasiva por “Haemophilus influenzae”
– Doença Meningocócica e outras meningites
– Doenças com suspeita de disseminação intencional: a. Antraz Pneumônico b. Tularemia c. Varíola
-Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola – Doenças Febris Hemorrágicas Emergentes/Reemergentes: a. Arenavírus b. Ebola c. Marburg
– Eventos Adversos Graves ou Óbitos Pós-vacinação
– Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à Saúde Pública (ver definição no art. 2º desta Portaria)
– Febre Amarela
– Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão – Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya – Febre do Nilo Ocidental e outras Arboviroses de importância em Saúde Pública
– Febre Maculosa e outras Riquetisioses
– Febre Tifóide
– Hantavirose
– Influenza Humana produzida por novo subtipo viral
– Leptospirose
– Malária na Região Extra Amazônica
– Poliomielite por Poliovírus Selvagem
– Peste
– Raiva Humana
– Síndrome da Rubéola Congênita
– Síndrome da Paralisia Flácida Aguda
– Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus a. Sars-Cov b. Mers-Cov
– Tétano: a. Acidental b. Neonatal
– Varicela – caso grave internado ou óbito
– Violência Sexual e tentativa de suicídio
Quais doenças ou agravos devem ser Notificados Semanalmente?
– Acidente de trabalho com exposição a material biológico
– Dengue
– casos – Doença aguda causada pelo virus Zika
– Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
– Esquistossomose
– Febre de Chikungunya
– Hanseníase
– Hepatites Virais
– HIV/Aids
– Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Adquirida
– Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV
– Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
– Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)
– Leishmaniose Tegumentar Americana
– Leishmaniose Visceral
– Malária na Região Amazônica
– Óbito: a. Infantil b. Materno –
Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante
– Toxoplasmose gestacional e congênita
– Violência: doméstica e/ou outras violências
– Tuberculose
Bloqueio
Feito nas localidades infestadas, após investigação epidemiológica acerca do sorotipo viral circulante. É feito então o controle larvário e tratamento de focos no mínimo em nove quarteirões em torno do caso. Na delimitação de foco, a pesquisa larvária e o tratamento focal são feitos em 100% dos imóveis incluídos em um raio de até 300 metros a partir do foco inicial, detectado em um Ponto Estratégico ou Armadilha.
Inquérito em Saúde
É um estudo feito com tipos de amostras, levado a efeito quando as informações existentes são inadequadas ou insuficientes, em virtude de diversos fatores, dentre os quais pode-se destacar: notificação inapropriada; mudança no comportamento epidemiológico de uma determinada doença; dificuldade em se avaliar coberturas vacinais ou eficácia de vacinas, necessidade de se avaliar eficácia das medidas de controle de um programa; descoberta de agravos inusitados.
Controle
Relacionado a doenças significa operações ou programas desenvolvidos para eliminá-las ou para reduzir sua incidência ou prevalência; ou ainda atividades destinadas a reduzir um agravo até alcançar um determinado nível que não constitua mais problema de saúde pública.
Agravo à saúde
Mal ou prejuízo à saúde de um ou mais indivíduos, de uma coletividade ou população.
Investigação epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como principais objetivos: identificar fonte de infecção e modo de transmissão; identificar grupos expostos a maior risco e fatores de risco; confirmar o diagnóstico; e determinar as principais características epidemiológicas. Para orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.
Surto epidêmico costuma-se designar surto quando dois ou mais casos de uma determinada doença ocorrem em locais circunscritos, como instituições, escolas, domicílios, edifícios, cozinhas coletivas, bairros ou comunidades, aliados à hipótese de que tiveram, como relação entre eles, a mesma fonte de infecção ou de contaminação ou o mesmo fator de risco, o mesmo quadro clínico e ocorrência simultânea.
Endemia
Endemia é qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região de forma persistente e permanente, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades.
Enquanto a epidemia significa o aumento do número de casos e que se espalha por outras localidades, a endemia tem duração contínua, mas somente em determinada área. No Brasil, existem áreas endêmicas.
Por exemplo, a febre amarela é comum na Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para essa região precisam ser vacinadas.
Epidemia
É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico.
Pandemia
A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras.
Para entender melhor: quando uma doença existe apenas em uma determinada região, é considerada uma endemia (que não acontece em outras localidades). Quando a doença é transmitida para outras populações, atinge mais de uma cidade ou região, é uma epidemia.
Porém, quando uma epidemia de forma desequilibrada se espalha pelos continentes ou pelo mundo, ela é considerada uma pandemia.
Para saber mais: o câncer (responsável por numerosas mortes) não é considerado uma pandemia porque não uma é doença infecciosa, ou seja, não é transmissível.
Exemplos de pandemias: Aids, tuberculose, peste, gripe asiática, gripe espanhola, tifo etc.
Exemplos de determinantes de epidemias e endemias:
– Determinantes econômicos: miséria, privações resultando em habitações precárias, falta de saneamento básico e de água tratada e ocupação do território de forma desordenada.
– Determinantes culturais: hábito de defecar próximo de mananciais, hábitos alimentares de risco como ingestão de peixe cru ou ostras.
– Determinantes ecológicos: poluição atmosférica, condições climáticas e ambientais favoráveis à proliferação de vetores.
– Determinantes psicossociais: estresse, uso de drogas, ausência de atividades e locais para lazer.
– Determinantes biológicos: indivíduos suscetíveis, mutação do agente infeccioso, transmissibilidade do agente.
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