A PLS116/17 traz o Fim da Estabilidade no Serviço Público? Entenda!
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O
Projeto de Lei do Senado nº116/17 (PLS116/17) de autoria da senadora Maria do Carmo Alves causou uma baita confusão com base em diz que me diz nos grupos de
estudos da galera.
Não por menos o medo bateu em nossa porta: será esse o Fim da Estabilidade no Serviço Público?
A
preocupação é válida e muita gente se aproveitou disso para fazer terrorismo com o pessoal do concurso. Sem muitas delongas
nos termos e processos legais (porque
isso não é minha praia) vou explicar para vocês o que de fato está em jogo/mudança e tirar algumas dúvidas
comuns a respeito do tema.
Entenda a seguir o que se passa com o PLS116/17.
Em que ponto ela está?
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O PLS –
eu não vou mais ficar digitando o número,
vocês sabem do que estamos falando – está no exato momento em que escrevo
esse blog estacionado no Plenário do Senado Federal. A Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) do mesmo órgão ainda não soltou a coisa. Apesar do regime de urgência, ainda existem tramites a serem feitos (Câmara e
presidente).
* só para explicar: esse regime de urgência garante que o PLS não passe pelas demais comissões no Senado, que demandaria tempo (ela será julgada diretamente), porém ainda existem outros estágios, justamente a Câmara e a sanção presidencial (ou veto, quem sabe?).
Então por hora, o PLS não alterou a vida do servidor.
Quando tempo isso vai levar?
– Bom… Ainda não é Carnaval… Então
vamos colocar aí pelo menos um mês para as coisas voltarem a andar.
Falando sério: por mais que ela tenha virado uma notícia bastante discutida desde o meio do ano de 2019, acho que a burocracia do Brasil ainda vai nos garantir uns bons meses sem mudanças oficiais!
E mesmo que as mudanças ocorram, você não deve desanimar nos estudos ou desistir do sonho do cargo público.
Vamos ver o porquê.
O que vai mudar na Estabilidade no Serviço Público?
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–
Menas né Cersei…
Vamos
entender como é e como pode ficar a situação do servidor… Só que antes disso
eu gostaria de deixar claro que, apesar de estar falando de maneira informal (nada de Leis, ok), estou apenas
passando o que o PLS sugere. No final eu provavelmente não vou aguentar e
deixar um pitaco da minha opinião pessoal, mas até então, tudo o que está sendo
explicado é o que está lá.
A estabilidade, motivo pelo qual muitas pessoas vão atrás de certos cargos públicos, é um direito dos servidores efetivos. Funciona assim: após os três primeiros anos, deduzindo que todos os quesitos legais foram atendidos, o servidor recebe a aprovação (ou não) de uma comissão que julgará seu desemprenho.
Sendo
aprovado, cargo para sempre!!
Eba!
Não é bem assim… Mesmo o servidor estável pode perder seu cargo mediante algumas situações bem específicas como processos administrativos ou sentenças judiciais (só exemplos). Mas lembre-se que sempre há o direito de defesa do servidor. Em resumo, o servidor tem que “se esforçar” para perder o cargo.
Entre
as situações específicas que podem
levar o servidor a cair no mar,
já existe o item que causou todo
esse alvoroço. O item 3 (Artigo 41, § 1º da CF) diz que “mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa”, o servidor também pode ser
destituído do seu cargo.
Ou seja, além da avaliação após os 3 anos, outras avaliações devem/podem ocorrer e não atendendo aos critérios, bye-bye cargo!
O PLS chegou para colocar em prática/regular algo que já estava na CF e dependendo do lugar, nunca nem ouviram falar.
A ideia é simples assim!
Vai funcionar?
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Essa é a parte em que eu não aguento e falo o que não devia… =/
Ao
contrário do que muita gente fala, a estabilidade do servidor público não é uma
invenção para os vagabundos
trabalharem pouco. Ela é uma garantia
para que o servidor possa desempenhar suas atribuições de forma autônoma sem
sofrer com pressões (pode entender
chantagem) da tendência política no poder no momento.
O servidor não pode ser pressionado de acordo com “lado” do prefeito, governador, presidente… (e seus partidos). Ele deve desempenhar sua função de forma neutra e condizente com seu cargo, não com o entendimento político do seu “chefe”. A Estabilidade no Serviço Público serve como blindagem a ameaças!
Se formos além e pensarmos em servidores que mantém de verdade sua isonomia, isso lhes garante segurança até em casos de denúncias quando há a prática ilegal do seu superior, sem temor de sofrer represálias por isso.
* estou falando da teoria, eu sei que é o Brasil e as coisas não são bem assim…
Justamente por se tratar do Brasil, o temor é que essa “blindagem” dos servidores acabe com a aprovação do PLS. Alguém realmente vai colocar a mão no fogo cravando que essas avaliações não serão usadas para pressionar X servidores? Não se tornarão ameaças?
Abrindo qualquer jornal/site de notícias e lendo um pouco, eu é que não farei isso…
Enfim, é um assunto complicado. Do ponto de vista legal/produtivo o PLS faz sentido. Qualquer funcionário de qualquer lugar é avaliado por seu desempenho. Por que não o servidor público?
Do ponto de vista ético/moral fica sempre a dúvida, até que ponto essa ferramenta (avaliação) não será usada para pressionar, ou pior, “liberar” vagas para que X pessoas assumam? Que o mesmo critério com que Fulano foi avaliado, Cicrano também será? Ou que, dependendo do lugar será apenas um acordo de compadres?
É para se pensar, não é?
Desculpem
se falei demais no último tópico. Mas alguns assuntos não podem só passar. E vocês? Tem qual
opinião sobre isso?
Vamos polemizar?
Bons estudos e ótima prova! (porque ainda vale a pena).
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